Contrariando as expectativas, os caras não foram lá durante a noite pra me zoar. Fez tanto frio a noite que com certeza foi o que os desencorajaram.
A manhã trouxe a tão esperada geada...
...e uma friaca de "renguear o cusco"!
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-2C pela manhã |
Cachorrada acordando cedo |
Depois do café, comecei a arrumar as tralhas pra "dar no pé", afinal de contas, até Cambará do Sul teria mais de 90km de estradas.
Pouco antes da despedida, avisei o pessoal de Araranguá que aceitaria o convite e que os visitaria na terça!
O pedal começou até que relativamente cedo...9h30 eu já estava "socando a porva", agora sem o problema da lama, que havia tornado um pouco mais difícil a minha chegada.
Por volta de 12h eu já estava no centro de São José dos Ausentes e aproveitei pra almoçar no posto/restaurante/hotel que tinha ficado dias antes.
Aproveitei pra reabastecer-me de água, algumas barras de cereal e amendoins.
Rapidamente voltei pros pedais, seguindo por uma rodovia livre...praticamente nenhum carro circulando. Mesmo sendo domingo, aquilo me deixou cabreiro...até que PIMBA! Acabou asfalto!
O asfalto lisinho da RS-20 dá lugar a um terreno extremamente esburacado, com muitas pedras grandes brotando do chão e pedras (não tão) menores soltas...combinação pra tornar o pedal algo bem mais sofrido.
A coisa foi tão inesperada pra mim que eu sequer tirei fotos nesse trecho.
Por vários quilômetros pedalei sem nada mais do que pedras, poeira e uma mata um tanto seca.
O terreno era difícil de seguir que comecei a ter problemas de tração. Isso acabou me trazendo dois problemas sérios: dor no joelho esquerdo e a quebra de um raio da roda traseira, faltando pouco mais de 15km pra chegar à Cambará do Sul.
Apesar da quebra do raio, a roda não se desalinhou (um viva às rodas de 36 raios). O que estava mais sofrido mesmo era segurar a dor.
Fiquei esses últimos quilômetros gerenciando dor e intensidade do pedal: não podia forçar pra não me lesionar seriamente, não podia demorar, pois estava ficando sem comida, água e luz natural. Apesar de ter ótima iluminação, pedalar sozinho no escuro, em uma estrada esburacada e com um raio a menos na roda traseira poderia se mostrar bastante perigoso.
Mas quando menos esperei, cheguei a um bairro urbanizado...ASFALTO FUCKYEAH!
Rodei mais um tempo no asfalto até o centrinho de Cambará.
Dei uma volta pra encontrar alguma pousada baratinha, mas fiquei pensando o quão importante seria descansar bem. Resolvi "ir pras cabeças" e decidi por uma hospedagem "melhorzinha": fiquei na Pousada Por do Sol.
Um lugar bem bacana, mas um tanto caro pros padrões da viagem.
Guardei a bike, tomei uma ducha quentinha (depois de sofrer um pouco com problemas no aquecedor à gás do chuveiro) e saí pra jantar.
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Selfie antes de sair pro rango! |
Pertinho da Pousada, me indicaram a Galeteria O Casarão. Um lugar bem bacana, aconchegante e com um galetinho...nhom nhom!
Mandei ver no rango, com uma garrafinha de vinho, bati um papo com o pessoal do Restaurante e voltei pro "berço", pois queria me recuperar pra tentar seguir viagem: iria até o Cânion Fortaleza e de lá até Araranguá, passando por dentro do parque.
Mas isso é outra história...fica pro próximo post!
Pra quem quiser o tracklog e estatísticas: http://www.strava.com/activities/169871060
Até mais!
¡Brazo!
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